Folha de Alcobaça

Motorista por aplicativo é considerado culpado por homicídio qualificado de cantora gospel

O motorista por aplicativo Gideão Duarte de Lima foi condenado nesta terça-feira (15) pelo homicídio da cantora gospel Sara Freitas, ocorrido na Bahia. O réu recebeu uma sentença de 20 anos e 4 meses de prisão após julgamento no Fórum Desembargador Gerson Pereira dos Santos, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O crime, que chocou a população baiana pela brutalidade, envolveu ocultação de cadáver e associação criminosa, segundo o Ministério Público estadual (MP-BA).

Gideão Duarte foi o primeiro dos quatro acusados a enfrentar o júri popular. Ele chegou ao tribunal por volta das 9h, sob escolta da Polícia Militar, e o julgamento durou mais de 12 horas. Durante a sessão, quatro testemunhas de acusação e três de defesa foram ouvidas, com o júri composto por cinco homens e duas mulheres.

O advogado de acusação, Rogério Matos, sustentou durante o julgamento que Gideão permaneceu 20 minutos aguardando no veículo enquanto o assassinato era cometido. Por outro lado, a defesa alegou que ele teria sido coagido a permanecer no local contra sua vontade.

Sara Freitas foi encontrada morta às margens da BA-093, em Dias D’Ávila, no dia 27 de outubro de 2023, quatro dias após desaparecer quando saía de Salvador com destino a uma reunião de mulheres em uma igreja. Gideão Duarte, considerado um motorista de confiança da vítima, havia realizado viagens anteriores com a cantora. No dia do crime, ele utilizou um carro emprestado por Apóstolo Hugo, figura conhecida no meio religioso, mas que não está entre os suspeitos.

A família da artista solicitou à imprensa que deixe de associar o sobrenome “Mariano” à cantora, para evitar ligação com seu marido, Ederlan Mariano, preso acusado de ser o mandante do assassinato. Segundo relatos familiares, Sara sofria violência doméstica e planejava deixar o relacionamento abusivo.

Além de Gideão, outros três homens aguardam julgamento pelo crime: Ederlan Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves. Eles seguem presos no Complexo Penal da Mata Escura, em Salvador. O MP-BA acusa os envolvidos de feminicídio qualificado por motivo torpe, praticado com crueldade e sem chance de defesa, além da ocultação do corpo e formação de quadrilha.

A Justiça ainda definirá as datas dos próximos julgamentos, que seguem aguardando recurso por parte da defesa dos acusados.

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